Nem tudo o que reluz é ouro. O Nautilus 5711, fabricado pela americana Patek Philippe, é feito de aço. Mesmo assim, há décadas ele é uma das maiores obsessões dos colecionadores de relógios mundo afora. A fila de espera para conseguir comprar um exemplar pode chegar a dez anos.
Lançado em 2006 com o slogan “um dos relógios mais caros do mundo é feito de aço”, a peça criada pelo relojoeiro suíço Gérald Genta ficou marcada como um do maiores designs de relógio do século 20. O preço, obviamente, não fica abaixo de centenas de milhares de dólares.
O relógio que sempre foi superexclusivo vai ficar ainda mais a partir de agora.
No início desse ano, a Patek Philippe anunciou que não irá mais fabricar o Nautilus 5711, levando os colecionadores à loucura. Um modelo de despedida com mostrador verde, última leva fabricada pela Patek, foi leiloado por 416.000 euros no mês de julho.
Para a felicidade (ou ansiedade) dos amantes do Nautilus 5711, a Patek voltou atrás. Ou quase isso: a marca anunciou nesta semana que encerrará de vez a história de seu relógio mais icônico em um leilão no mês de dezembro.
Junto da joalheria mais famosa do mundo, a Tiffany, parceira exclusiva da Patek Philippe desde 1851, a marca de relógios vai comercializar os últimos 170 Nautilus 5711 da história.
A expectativa é que os modelos com mostrador azul que levam o logotipo da Patek Philippe às 12 horas e o da Tifanny às 6 horas, arrecadem milhões de dólares.
Relógios: modelo único do Nautilus 5711 encerrará história do mostrador. (Patek Philippe/Divulgação)
“O Nautilus é um dos designs mais icônicos oferecidos pela Patek Phillipe e temos o orgulho de apresentar esta edição especial com mostradores Tiffany Blue aos nossos clientes mais exigentes”, disse em comunicado o CEO do grupo LVMH, que comprou a Tifanny por 15,8 bilhões de dólares no ano passado, Alexandre Arnault.
Os 170 modelos azuis Patek Phillipe/Tiffany serão leiloados no dia 11. O lance mínimo é de 52.000 dólares, mas ninguém acredita que os relógios serão vendidos por esse preço.