Como adaptar um segundo pet ao lar? Veja dicas

A aventura de criar um pet, seja gato ou cachorro, envolve muito mais do que apenas o amor por ele. É preciso responsabilidade e cuidado para lidar com todas as particularidades do seu animal.

Quando a ideia é trazer um segundo animal para casa, o desafio dobra e, antes de mais nada, é preciso paciência para lidar com a adaptação. Fatores como sexo, raça e idade podem dificultar ou facilitar a adaptação entre ambos.

Antes de tudo, para cada novo pet, o tutor precisa estar ciente de que vai precisar de comida, vacinas e remédios em dobro, triplo, quádruplo e assim por diante. Então, os gastos são sempre um ponto a ser considerado.

Tomada a decisão de tê-lo, a introdução de um segundo animal deve envolver etapas que esbarram principalmente na questão da territorialidade do ambiente, como explica o veterinário Bruno Picoloto.

“Nada impede a inserção de um pet a um ambiente que já tenha um outro animal, seja um cachorro com outro cachorro, um gato com gato ou até mesmo um cachorro com outro gato. No entanto, a inclusão, por exemplo, de um cão macho no território de outro cão pode levar a uma competitividade no ambiente, mas existem estratégias para essa adaptação”, conta o veterinário.

Outro problema que deve ser levado em conta na hora de adotar um novo pet é o relacionamento entre os animais. De acordo com o veterinário, é comum que alguns pets se desentendam.

“Em muitos casos, pode haver uma disputa por território entre eles. E, às vezes, o dono também é considerado parte do território”, complementa o veterinário

O primeiro passo da adaptação é separar um cômodo na casa para o novo morador, preparando previamente esse local com acessórios como cama, comedouro e bebedouro. Após preparar o novo cantinho, deixe que o pet já residente cheire os novos acessórios e reconheça o ambiente, mas sempre evitando que ele use os novos acessórios. O foco é que ele observe e comece a entender que um novo morador irá chegar.

Além disso, é preciso ter em mente que o ideal é que, até para diminuir ou evitar uma possível competitividade entre os dois animais, cada um tenha suas próprias coisas, como pote de água e de comida, além de uma cama para cada um.

Um outro ponto importante é analisar a rotina e também os hábitos e personalidade do animal residente para que, posteriormente, seja possível trazer o companheiro. Para ambos, tudo será novo e exige tempo para aceitar e poder se acostumar com a integração e as mudanças da realidade.

Com a chegada do novo residente, o primeiro encontro será sempre uma incógnita e deve ser supervisionado até o tutor sentir segurança em deixá-los sozinhos e livres.

É importante analisar a rotina e também os hábitos e personalidade do animal residente para que, posteriormente, seja possível trazer o companheiro.

É importante analisar a rotina e também os hábitos e personalidade do animal residente para que, posteriormente, seja possível trazer o companheiro.

Promova os encontros em locais onde tenham controle total de ambos;

Distribua atenção igual aos dois pets;

Nos casos dos gatos, prepare uma zona de segurança: arranhadores, prateleiras de andares, caixas;

No caso da adaptação de gatos e cachorros, delimite a zona do dois até que eles se familiarizem um ao outro;

Comedouros e bebedouros separados;

Deixe um interagir com o outro, permitir que eles se conheçam, se cheirem, passem tempo juntos. Porém, sempre que sozinhos, fazer a separação.

Outra dica para ajudar nesse primeiro encontro é usar difusores que liberam feromônios. Essa substância tem a capacidade de acalmar esses animais, favorecendo a boa relação entre eles.

“No mercado especializado, você pode encontrar o difusor de feromônio específico para cachorro e gato. No caso de quem vai unir as duas espécies, você pode utilizar os dois produtos, aumentando as chances de ter um ambiente compartilhado mais tranquilo”, aconselha o veterinário.

G1/Jeane Oliveira, CEO da FiberTec

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