Garcez Experimental representa o RN no maior festival de dança do Brasil

Com apenas dois anos de fundação, o grupo – com sete bailarinos acima dos 40 anos de idade – vai se apresentar na Mostra Competitiva +40, Feira da Sapatilha e Palcos Abertos da 40ª edição do Festival de Joinville, Santa Catarina, entre os dias 17 e 29 de julho

Entre os 4.658 inscritos, o Garcez Experimental de Dança (GED) foi o único classificado para representar o Rio Grande do Norte no maior festival de dança do Brasil. O grupo 40+ (acima dos 40 anos de idade), com sete bailarinos, vai se apresentar na Mostra Competitiva +40, Feira da Sapatilha e Palcos Abertos durante a 40ª edição do Festival de Joinville, Santa Catarina, entre os dias 17 e 29 de julho.

Bailarino, coreógrafo e diretor, Artur Garcez comemorou muito o feito da escola de dança que só tem dois anos de fundação. “Estamos na maior expectativa, principalmente, para as apresentações nos palcos abertos, montados em shoppings e praças públicas de Joinville”, revela Artur, que viaja com o grupo para Joinville/SC no dia 18 de julho.

Expert em danças populares do Brasil, o professor Artur já foi premiado em outras oportunidades com o Grupo de Dança Popular do Colégio Marista de Natal, por onde esteve como fundador e professor durante 34 anos. “Fomos premiados em outras edições de Joinville, no Meia Ponta e na Mostra Competitiva, nos gêneros Júnior e Sênior, em danças populares brasileiras”, ratificou o professor, que frequenta o maior festival de dança do Brasil (registrado no Guinness book), desde o ano de 2005.

“Estou muito feliz nessa nova fase, com a Garcez Experimental de Dança. Um projeto onde estou dando continuidade aos trabalhos baseados nas Danças Populares Brasileiras e suas vertentes, além de seus atravessamentos, como a linha Armorial, que comecei na Dança Educação, na rede privada de ensino”, declara Artur.

Garcez Experimental

Criada ainda no primeiro semestre de 2022, em Natal, a escola Garcez Experimental de Dança funciona no Studio Corpo de Baile e já conta com 60 bailarinos. Este ano, foi inaugurada a primeira turma infantil, além dos elencos Júnior e Sênior, que atendem adolescentes e jovens entre 12 e 22 anos, e Adulto, a partir de 23 anos.

“No momento, estamos com vagas esgotadas e ainda com grande procura”, diz o professor, coreógrafo e pesquisador, pernambucano de origem e potiguar de coração. A Garcez Experimental de Dança conta atualmente com o apoio da Mitsubishi Buda Motors, Studio Corpo de Baile e Yearbook Natal.

Garcez no Bolshoi

Anos de estudos dedicados ao floclore, a dança e a cultura popular brasileira levaram Artur Garcez a ministrar oficinas para alunos do balé clássico e contemporâneo, da famosa Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville/SC, no ano de 2013. Na época, ele ainda estava à frente do Grupo de Dança Popular do Colégio Marista de Natal.

“Foi uma experiência incrível. Durante a oficina com os alunos do Bolshoi, ensinamos frevo, xaxado, ciranda, afoxé, coco, araruna e xote”, diz Artur, orgulhoso. “Foi a primeira vez que os alunos do Bolshoi vivenciaram formas de expressão da dança brasileira, considerando suas origens e diferentes manifestações regionais”.

O coreografo destaca que as danças populares têm a capacidade de fazer o resgate de raiz e também ajuda as pessoas a expressarem suas emoções. “Desconstruindo o corpo, quebrando paradigmas e adquirindo conhecimento de danças que têm outras linguagens, os alunos agregam o que aprendem para a formação pessoal e profissional”, ensina.

Garcez nos Festivais

Já à frente da Garcez Experimental de Dança, criada em 2021, em Natal, Artur conseguiu colocar a sua nova escola em dois grandes eventos em setembro do ano passado: o Festival de Campina Grande e o Open Dance. O evento da Paraíba foi organizado por Fernanda Barreto, um dos grandes nomes da dança na Paraíba. O grupo potiguar conquistou seis segundos lugares e três terceiros. Já no Open Dance, organizado pela renomada coreógrafa Patrícia Spadacia, em São Paulo, foram 12 coreografias inscritas e premiadas: oito primeiros lugares e quatro segundos.

“No Open Dance, fomos premiados como a melhor coreografia, com destaque para ‘Subindo as ladeiras de Olinda’, com as bailarinas Malu Lucena, Anna Clara Lopes e Julia de Aro”, destaca Artur, que também já recebeu duas cartas-convites para eventos internacionais: ‘Festival de Danzas Mercosur’, em Puerto Iguazu, na Argentina, e ‘Dançando na Disney Universal Studio’, em Orlando, no projeto Disney Perfom & Art, programa de jovens talentos da Disney.

Garcez nas Escolas

Quase quatro décadas dedicadas ao estudo da nça popular brasileira e a experiência de 34 anos no Colégio Marista de Natal, com o Grupo de Dança Popular da instituição, Artur criou um projeto, já pré-aprovado, para levar a dança popular às escolas da rede de ensino público de Natal.

Garcez no Teatro

No próximo dia 26 de maio, Artur Garcez e seu grupo do Garcez Experimental de Dança (GED) vão fazer a reapresentação do espetáculo ‘Flor de Cactos em Maio’, no Teatro Alberto Maranhão.

O espetáculo, apresentado pela primeira vez em outubro de 2022, tem coreografias baseada na linha Armorial, movimento que, segundo o próprio Artur Garcez, surgiu na década de 1970 e prioriza a valorização das artes populares da região Nordeste. “A trilha sonora tem músicas de Antônio Nobrega, Chico Cesar, Luís Gonzaga e Maria Bethânia”, completou o professor.

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