A história do primeiro local público para sepultamentos na capital potiguar está contada em um livro-álbum – Cemitério do Alecrim, Chão Sagrado – com lançamento marcado para o próximo dia 13, a partir das 18h00 na Fundação Capitania das Artes. A edição é uma produção do Sebo Vermelho, organizada pelo livreiro Abimael Silva e a produtora cultural Danielle Brito, com patrocínio da Empresa Vila através dos incentivos da Lei Djalma Maranhão. São 162 páginas com fotos e textos que montam um rico painel sobre um dos mais antigos e – infelizmente – esquecido patrimônio histórico-cultural de Natal.
Enriquecido com textos de vários autores potiguares (Câmara Cascudo, Lenine Pinto, Lauro Pinto e outros) que abordaram a importância da construção do Cemitério do Alecrim, em 1855, Chão Sagrado traz seções reunindo lendas, casos e até poemas (Iracema Macedo, Zila Mamede) inspirados em personagens sepultados no local. Em ensaio técnico inédito, a urbanista e arquiteta Márcia Rossana de Oliveira, aborda os valores arquitetônicos representados pela arte tumular, atualmente ameaçados pela ação de vândalos e a falta de conservação dos vários jazigos centenários existentes no local, e o que fazer para impedir a degradação e revalorizar o Cemitério do Alecrim como patrimônio público. Verbetes e uma sugestão de roteiro para visitação (incluindo um mapa com a localização dos túmulos de personagens famosos)completam o volume.
As fotos de Canindé Soares e João Maria Alves revelam aspectos de uma beleza, simples e reflexiva, que visitas e olhares apressados não detectam por trás dos muros. A edição do livro serviu de base para a produção de um videodocumentário – Koimhthpion/Lugar do Sono Eterno – realizado pela Amarela Entretenimentos, com a direção de Augusto Lula, a ser apresentado durante o lançamento, em duas sessões; às 18h30 e 19h:30. A edição do livro é do jornalista Carlos Peixoto. A impressão foi da Offset Gráfica.
Por Heitor Gregorio