O segmento dos pequenos negócios chega ao sexto mês do ano ditando o ritmo do mercado de trabalho No Rio Grande do Norte. Empresas que compõem essa fatia do cenário empresarial do estado foram responsáveis por 76,1% das novas contratações com carteira assinada no estado, com 1.884 novos trabalhadores admitidos de um total de 2.474 profissionais. Com isso, as micro e pequenas empresas potiguares já respondem pela criação de 7.611 novos postos de trabalho entre janeiro e junho deste ano. Somente as microempresas acumulam, no primeiro semestre, um total de 7.100 vagas abertas, configurando-se como as maiores geradoras de novas vagas no RN nesse período.
Os dados estão na edição de junho do Mapa do Emprego do RN, publicação mensal elaborada pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, que é baseada nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Divulgada nesta sexta-feira (28), esta edição do boletim aborda os números do mercado de trabalho formal em junho e a quantidade de vagas acumuladas até o sexto mês do ano no RN.
O Mapa do Emprego acompanha as dinâmicas das demissões e contratações de trabalhadores formais de acordo com o porte do empreendimento e os tipos de atividades desenvolvidas em todos os municípios potiguares. E, de acordo com as informações da publicação do Sebrae, ao longo dos primeiros seis meses do ano, as empresas do Rio Grande do Norte contabilizaram um volume de 101.936 admissões e 95.967 desligamentos, o que resultou um saldo de 5.969 vagas criadas nesse intervalo. Esse resultado é 18% menor que o verificado no mesmo período do ano passado, quando o somatório de novas vagas abertas foi de 7.290 empregos.
As microempresas acumulam no período um saldo ainda maior, com 7.100 vagas geradas, compensando assim a perda de vagas nas empresas de demais portes, juntamente com as empresas de pequeno porte, que tiveram um saldo de 511 postos de trabalho criados. Já as médias e grandes empresas amargam um déficit de 1.485 vagas perdidas de janeiro a junho deste ano.
Setor de serviços gera mais
Em junho, o setor com maior índice de novas contratações foi o agropecuário, principalmente no cultivo de melão. O segmento abriu 1.061 novas vagas, seguido da construção civil (639 vagas) e do comércio (361 postos de trabalho).
No entanto, é o setor de serviços que tem acumulado os melhores resultados na geração de emprego no Rio Grande do Norte em 2023. Ao longo do primeiro semestre, as empresas desse setor efetivaram 5.677 novas contratações.
Já a construção civil é a segunda que mais acumula empregos abertos no semestre (3.674 vagas no total), seguida do comércio (548 vagas). Os demais setores registraram perdas acumuladas. O setor agropecuário e a indústria de transformação tiveram 3.360 e 570 vagas perdidas respectivamente em seis meses.
O Mapa do Emprego aponta ainda os municípios potiguares, onde ocorreram os maiores volumes de vagas geradas e perdidas no semestre. Natal (1.986), Mossoró (1.471), Assú (879), Parnamirim (778) e Macau (777) integram a lista das cidades com mais vagas criadas no período. Por outro lado, o informativo revela onde foram registrados déficits de empregos nos seis primeiros meses deste ano e as perdas foram maiores em Baía Formosa, que encerrou 991 postos de trabalho. Arez, por sua vez, fechou outros 746 postos. Apodi (-588), Alto do Rodrigues (-485) e Riachuelo (-340) completam o ranking negativo.