A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, registra crescimento no nível de atividade do setor em junho após três meses seguidos de retração. O indicador de nível de atividade atingiu 51,0 pontos (valores acima de 50 pontos indicam crescimento), mas ainda está 2,2 pontos abaixo do patamar de junho de 2022 (53,2 pontos). Apesar do crescimento, o nível médio de utilização da capacidade operacional (UCO) do setor recuou 4 pontos percentuais no mês para 36%, índice que se encontra 7 pontos percentuais aquém do valor de junho 2022 (43%).
A situação financeira das empresas do setor, submetida a avaliação no segundo trimestre de 2023, foi percebida como pior em comparação com o primeiro trimestre. Os empresários manifestaram maior insatisfação com as margens de lucros e com a situação financeira de suas empresas. O acesso ao crédito foi considerado ainda mais difícil, sendo este, o aspecto financeiro pior avaliado no trimestre. Por sua vez, os preços médios das matérias-primas foram considerados como mais elevados no período.
Quanto às principais dificuldades do período abril-junho, as altas taxas de juros mantiveram-se na liderança do ranking dos principais problemas enfrentados pela Indústria da Construção potiguar pelo terceiro trimestre consecutivo, com 80% de citações, e a elevada carga tributária voltou a ganhar relevância ao subir da quinta para a segunda posição (40%). A Sondagem aponta, ainda, uma maior diversificação nos problemas destacados pelos empresários no segundo trimestre, uma vez que seis dificuldades coincidiram em terceiro lugar, todos com 20% de assinalações: demanda interna insuficiente, competição desleal (informalidade, contrabando, etc), inadimplência dos clientes, falta de capital de giro, falta de financiamento de longo prazo e licenciamento ambiental.
No que diz respeito às expectativas do setor em julho, os empresários reportaram maior otimismo em relação ao nível de atividade dos próximos seis meses, ao número de empregados, à compra de insumos e matérias-primas e, principalmente, no que diz respeito aos os novos empreendimentos e serviços. A intenção de investimento, também voltou a subir, após recuo no mês anterior.
Comparando-se os índices mensais avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os resultados nacionais divulgados em 31/07 pela CNI, observam-se avaliações divergentes no que diz respeito ao desempenho da atividade, uma vez que, contrariamente ao RN, o indicador de nível de atividade do país assinalou retração (49,9 pontos). No entanto, há coincidências entre os dois grupos quanto à eleição da taxa de juros como principal problema enfrentado no trimestre e no que diz respeito às expectativas otimistas em relação aos próximos seis meses
Os resultados da Sondagem Indústria da Construção CNI/CBIC/FIERN, realizada entre os dias 1º e 11 de julho de 2023, mostram que, na opinião dos empresários, a atividade do setor no Rio Grande do Norte voltou a crescer em junho após três meses seguidos de retração.
O indicador do nível de atividade aumentou 8,4 pontos em junho de 2023, passando de 42,6 para 51,0 pontos, revelando crescimento em relação ao mês anterior. Na comparação com igual mês de 2022, o índice recuou 2,2 pontos (53,2 pontos), sinalizando que a atividade se encontrava, então, mais aquecida.
O indicador de evolução do número de empregados decresceu 0,9 ponto em junho, passando de 46,3 para 45,4 pontos, mostrando retração frente ao mês anterior. Na comparação com junho de 2022, o índice caiu 4,1 pontos (49,5 pontos).
Acesse no link abaixo a íntegra da Sondagem Industrial da Construção, elaborada pela FIERN:
https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2023/08/Sondagem-Industria-da-Const_jun2023.pdf
Para maiores informações sobre a Sondagem Nacional, acessar o link: https://static.portaldaindustria.com.br/media/filer_public/33/b9/33b9b680-030b-48c7-8976- 4ab404e08138/sondagemindustriadaconstrucao_junho2023.pdf