O livro Censura, Música e Resistência : Os governos militares brasileiros na sala de aula de História, do professor, escritor e advogado, João Maria Fraga, tem o objetivo de refletir sobre o uso da música como recurso didático e como fonte histórica no Ensino de História sobre os governos militares no Brasil.
A escolha dessa linguagem, como instrumento didático-pedagógico, visou promover a motivação dos de História. A experiência que originou o livro, foi realizada nas turmas do terceiro ano do ensino médio do Colégio Marista de Natal.
A pesquisa foi realizada durante a construção da sua dissertação, no mestrado em ensino de História, realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a problematização, partiu da seguinte indagação: como usar a música como recurso didático e documento histórico nas aulas de História?
Ao logo da pesquisa, foi analisada o contexto político, econômico, social e cultural do Brasil, análise realizada a partir de seis canções, escolhidas pelos alunos. As músicas foram: Opinião, 1964, Zé Kéti; Pra não dizer que não falei das flores, 1968, Geraldo Vandré; É proibido proibir, 1968, Caetano Veloso; Cálice, 1973 Chico Buarque; O Bêbado e o equilibrista, 1979, João Bosco; e Vai passar, 1984, Chico Buarque.
Essas canções foram selecionadas á partir de um recorte cronológico que teve como base a censura ocorrida no período dos governos militares de 1964 a 1985, assim, o período, dos 21 anos de governos militares é apresentado em 3 fases: de 1964, quando ocorreu o golpe civil-militar, a 1968, com a edição do AI-5; de 1968, com a entrada em vigor do AI-5, a 1978, quando o AI-5 foi revogado, e de 1978, com a revogação do AI-5 às eleições de Tancredo/Sarney, a 1985. Tudo isso, para produzir uma sequência de seis aulas com base na metodologia de Miriam Hermeto.