A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, revela que, de acordo com a percepção dos empresários, a produção industrial potiguar registrou queda em junho de 2023 (indicador de 49,4 pontos), após crescer no mês anterior. Com a tendência oscilante verificada, nos primeiros seis meses do ano, são contadas três retrações e três crescimentos no nível de produção. O emprego, no entanto, registrou leve crescimento (50,7 pontos) após quatro meses em declínio. Apesar do recuo na produção, o nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) atingiu 78%, oito pontos percentuais acima de sua média histórica, e o patamar mais elevado da série iniciada em janeiro de 2011. Além disso, embora os estoques de produtos finais da indústria tenham crescido na comparação com maio (54,7 pontos), ficaram dentro do planejado pelas empresas (50,0 pontos).
No segundo trimestre de 2023, os três indicadores referentes à situação financeira da indústria potiguar pioraram em relação ao trimestre anterior, uma vez que se situaram abaixo da linha divisória dos 50 pontos, indicando insatisfação dos empresários com a margem de lucro operacional (45,4 pontos), a situação financeira propriamente dita (48,8) e o acesso ao crédito (42,4). Quanto aos preços das matérias-primas, foi verificado um crescimento moderado no trimestre para 55,8 pontos. Mesmo assim, é possível observar um movimento de convergência ou normalização dos preços em direção aos níveis verificados antes da pandemia, quando se constata, por exemplo, que o índice médio anual do indicador em 2019 correspondeu a 56,1 pontos.
Os principais problemas do segundo trimestre de 2023, na opinião dos empresários potiguares, continuou sendo a elevada carga tributária – pelo terceiro trimestre consecutivo -, seguida pela competição desleal (informalidade, contrabando, dumping, etc.), pela falta ou alto custo da matéria prima e pelas altas taxas de juros.
Em julho de 2023, as expectativas dos empresários potiguares em relação aos próximos seis meses estão mais otimistas em relação aos quatro temas submetidos a avaliação, a saber, demanda (59,9), número de empregados (50,6), compras de matérias-primas (55,3 pontos) e quantidade exportada dos produtos (62,5pontos).
Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em algumas das variáveis consultadas, comportamento diferente. As pequenas indústrias apontaram queda no nível de produção e no número de empregados e crescimento moderado no nível de utilização da capacidade instalada – UCI. As médias e grandes empresas, por sua vez, assinalaram estabilidade na produção, crescimento no número de empregados e forte crescimento na UCI.
Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 18/07 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, apesar da queda no nível de produção nos dois casos, há distinções a serem destacadas. O nível de Utilização da capacidade instalada nacional encontra-se em 69%, contra 78% da potiguar; diferentemente da tendência estadual, os estoques de produtos finais no país estão acima do nível planejado pelas empresas; os preços das matérias-primas registraram queda e foi percebida moderação na situação financeira das empresas, embora o quadro predominante ainda seja de insatisfação.
Acesse aqui a íntegra dos dados e da análise sobre a Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte:
https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2023/07/SONDIND_junho2023.pdf
Para mais informações sobre a Sondagem nacional, acessar o link: https://static.portaldaindustria.com.br/media/filer_public/7f/78/7f780d74-4d15-48be-9175- c954e4d87398/sondagemindustrial_junho2023.pdf
FONTE: blogdajuliska.com.br