Processos judiciais contra a 123Milhas já ultrapassam 16 mil

Recuperação judicial da empresa foi protocolizada na Justiça mineira e distribuída para a 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte

A recuperação judicial da 123Milhas foi protocolizada na Justiça mineira nesta quarta-feira, 30, e distribuída para a 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou ao Terra. A dívida acumulada pela empresa é de cerca de R$ 2,3 bilhões.

No documento de pedido de recuperação judicial, obtido com exclusividade pela TV Globo, consta que mais de 16.400 processos judiciais já foram abertos contra a empresa no Brasil. O valor das causas ultrapassa R$ 3,8 milhões no total.


Segundo a emissora, só em Minas Gerais mais de 1.300 procedimentos foram abertos. O número de processos foi um dos argumentos usados pela defesa da empresa para pedir a recuperação judicial.

“Em virtude da repercussão negativa do anúncio da suspensão da emissão das passagens e pacotes de viagens do Programa Promo123, as requerentes vêm sofrendo forte pressão de seus credores, que já distribuíram várias ações judiciais em face da 123Milhas – número esse que cresce a cada dia”, argumenta um trecho do pedido divulgado pela Globo

Em 18 de agosto, a empresa anunciou o cancelamento das emissões de passagens e pacotes da linha promocional, que oferece voos mais baratos com datas flexíveis, com previsão de embarque de setembro a dezembro de 2023, citando a “persistência de fatores econômicos e de mercado adversos”.

Em nota divulgada à imprensa, a empresa afirmou que o pedido de recuperação judicial visa assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores. Disse também que permanece fornecendo dados, informações e esclarecimentos às autoridades competentes sempre que solicitados.

A empresa e seus gestores se disponibilizam, em linha com seus compromissos com a transparência e a ética, a construir conjuntamente medidas que possibilitem pagar seus débitos, recompor sua receita e, assim, continuar a contribuir com o setor turístico brasileiro”, acrescentou no pronunciamento.

Fonte: Terra

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